Falta comando no Corinthians

De todas as baixas neste ano de 2016, a saída de Tite foi o pior dos golpes para o Time do Corinthians. O técnico gaúcho, que hoje comanda a seleção, não deve ter se dado conta ainda do tamanho da falta que faz, pois desde a sua saída o time não tem comando. Tite foi substituído por Cristovão Borges.

Marciel marcando Vílson
(Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press)

Esse talvez seja um problema crônico causado por dois fatores; 1-) Tite não pode ser substituído a altura no momento em que estamos, atualmente é o melhor treinador brasileiro. 2-) A diretoria do Corinthians está em um processo de regressão tão grande, que é de dar inveja a qualquer centro espírita. Logo o clube volta seu nome para “Corinthians Paulista” apenas.

Cristovão Borges mostrou que faltaria comando no que falasse e fizesse a partir do momento em que disse que contava com Alexandre Pato em seu time.  A fala do técnico foi ignorada pela diretoria que negociou o jogador com Villareal da Espanha. Isso já demonstrava a falta de voz ativa que o treinador teria. Cristovão não duraria muito no cargo, sendo substituído por Fábio Carille.

Pouco tempo de trabalho depois e Carille já teve a sua primeira prova de pulso firme, e falhou. Em lance envolvendo Vilson e Marciel, o zagueiro se revoltou com uma entrada (inexistente) do garoto e o acertou um soco, causando uma queda no meia que não esperava pela reação exagerada do companheiro.

O técnico por sua vez, não estava presente no momento do ocorrido, pois estava treinando o time titular no campo ao lado. Porém já avisou que não haverá punição para o zagueiro. Fico imaginando o que aconteceria com esse simples colunista que vos escreve simplesmente acertasse um soco sem motivo em algum companheiro de Resenha ou de sala (na faculdade). Alguma punição eu teria, isso é certeza.

Cristian fez a vez de conciliador ainda no campo, e aparentemente os jogadores fizeram as pazes. O real problema que há nisso é, se não há punição para este caso abre-se a possibilidade de outros jogadores também se sentirem no direito de errar. Se o cara se sente no direito de acertar um soco num companheiro em um treino, o que ele não pode fazer em um jogo com a pressão da torcida?

Problemas todos têm, sem exceção alguma. Mas lugar pra extravasar esses problemas é frente a frente com um psicólogo e com palavras e não com agressões. Independente do problema, o  culpado provavelmente não é o jovem Marciel.