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Foto: Reprodução |
Eu ouço muito falar daqueles times do Santos, dos anos 90,
onde 11 jogadores se entregavam em todos os momentos do jogo. Aquele time do carrinho na bola quando ninguém esperava. Mas aquele time do Santos ensinou muitas
coisas a todas as épocas no clube: entrega.
Essa casca que você cria durantes os anos serve muito para
pensar porque aquela cambada de perna de pau conseguia passar em um teste no
Santos, e muitos outros bons jogadores ficavam pelo caminho. Como aconteceu com
o time do Santos, na Copa São Paulo de Futebol Junior de 2017 (e 2015,
2016...).
Sempre tem aquele jogador que sai com a camisa completamente
suja, e esses, são aplaudidos ao final do jogo. Quantas vezes o Léo -o nosso
guerreiro- saiu aplaudido? Várias. Tem aqueles - de épocas mais antigas que a
do Léo -, que eram encontrados no Gonzaga, ou nos diversos canais de Santos, e os
torcedores comentavam como as roupas deles saíram sujas no jogo contra a
Portuguesa, no último domingo. Aqueles eram aplaudidos. Isso era normal em
Santos.
Aqueles que saíam com o uniforme branco, tinham dificuldade
para deixar a Vila Belmiro após ser goleado pelo rival.
Mas essa geração que vivemos é bem diferente de outras
épocas. Essa, eliminada pelo Avaí na tarde de hoje tem sim sua culpa. São
culpados por ir para o Barcelona antes de se quer passar pelo profissional. Por
mandar o assessor ir comprar o seu pão na esquina de casa. Por pedir mais e se
entregar menos. Por muita fama, balada. Esses, em outras épocas, eram cobrados.
Deixando a comparação de lado, pois são apenas garotos, mas é importante lembrar que antes do Ronaldo Fenômeno ter uma BMW na garagem, joias, dinheiro, mansões, casa em Acapulco, modelos... antes de tudo isso, precisou convencer a todos e a si mesmo que merecia.
Vale lembrar como o trabalho da diretoria do Santos, não só
da atual, mas como de outras, precisam sim ser revista. Como são feitos os testes; quem é selecionado? o que é oferecido? Não é só dar a bola e orienta-lo a chutar ao gol.
Hoje, ao ver os meninos do Avaí segurando a bola até o final
do jogo, me deu a sensação que demos dois passos para trás, e o pensamento que
se tivéssemos uma geração menos ufana, iriamos colher os frutos naturalmente,
como foi outrora. Como sempre foi na Vila Belmiro...
O Santos da Copinha de 2017, e o Santos dos anos 90
Reviewed by Guilherme C Lesnok
on
19:50:00
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