O que fica de lição para o Palmeiras

FOTO: Djalma Vassão

O ano era 2016, o Palmeiras com seu elenco acima da média despontava como favorito ao título brasileiro rodada após rodada nas quais, em sua maioria, jogava um futebol ofensivo e taticamente interessante, fora dos padrões brasileiros. Era o time que mais ousava em seu estilo.

Em um elenco recheado de jogadores contratados de diversos cantos do Brasil e do mundo, lá estavam Gabriel, volante, e Lucas Barrios, centro avante. Gabriel, utilizado mais vezes, era uma das peças que mantinham a segurança do meio campo. Quando entrava, dava conta do recado, mas seu nome não remetia a status algum.

O mesmo acontecia com Barrios, jogo após jogo esperando sua vez do banco, ou até mesmo de casa. O atacante chegou ao clube em 2015, com um certo status. Por falta de oportunidades ou planejamento o atacante foi ficando de lado. Após ser campeão brasileiro pelo Palmeiras e não se ver incluído nos planos do clube alviverde o atacante decidiu respirar novos ares, hoje ele está no Grêmio.

Tanto Gabriel quanto Barrios, saíram do Palmeiras sem que qualquer esforço tenha sido feito para suas permanências. Um foi avisado que não fazia mais partes dos planos e o outro simplesmente rescindiu. Ambos foram substituídos por contratações de grife maior, nomes de “peso”, e é ai, nessa atitude, que o Palmeiras mais errou.

Chegaram ao clube o badalado Borja, definido por uns como o melhor centro avante da América latina naquele momento, e o polêmico Felipe Melo, este com salário e regalias surpreendentes em termos de futebol brasileiro.  Até aqui o clube já gastou mais de 4 milhões de reais com o meio campista, de janeiro para cá.

Borja, para alguns colegas jornalistas, foi a melhor contratação de um clube brasileiro para este ano de 2017, vinha do atual campeão da Libertadores, o Atlético Nacional, assim como Alejandro Guerra. Se foi superestimado ou se realmente é limitado, não há como saber ainda, mas o jogador está bem aquém das expectativas geradas em torno de sua contratação. Barrios do Grêmio tem quatro gols no Campeonato Brasileiro, Borja três. Apesar da pouca diferença nos números, há uma boa diferença em nível de importância em campo. Borja quando joga, em muitas vezes é nulo.


O erro do Palmeiras é querer trocar algo certo por uma aposta com grife. Em campo os 22 jogadores estão sujeitos às mesmas condições que os outros, todos vencem, todos perdem, todos têm suas fases. A grife acaba quando a bola rola. Contratações de Borja e Felipe Melo devem ser usados como exemplo, para que não sejam feitos mais erros deste tipo. Um time como o Palmeiras, não pode apostar por grife.  
O que fica de lição para o Palmeiras O que fica de lição para o Palmeiras Reviewed by Bruno Cassiano on 00:18:00 Rating: 5

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