Sentimento Enea: "Torcida que canta e vibra!"

                                                                                                                              Foto: Heitor Thomaz



Texto de Heitor Thomaz

Não posso falar do Palmeiras, sem antes falar de um senhor chamado Joaquim Lira de Carvalho. Eu era pequeno quando ele morreu, mas as lendas contam que esse senhor quebrava radinhos de pilha toda vez que o Palmeiras perdia. Me recordo que mesmo no fim da vida, com doença bem avançada, corpo todo trepidando graças ao Parkison, esse senhor fazia o maior esforço, (meu pai tinha que ajudar ele a levantar etc) pra sentar no sofá e ver o Palmeiras. E se o Palmeiras começasse a perder ia pra cama se deitar.

Lembro que meu pai mesmo santista, amava o Palmeiras por conta desse senhor. E em uma libertadores, agora não me recordo se é a de 99 ou a de 2000, meu pai estava de joelhos vendo o jogo. E eu escutava “MARCOOOOSSSS” “DEFENDEUUUU MARCOSSSSSSSSSSS”.

Resumindo sou da geração de São Marcos, um jogador que me inspirou a ser Palmeiras. Tenho certeza que o seu Joaquim é de outra geração de campeões, como meu pai (infelizmente kkk) é da geração de Pelé.

Um time não vive sem a torcida, a torcida é o combustível do time, é o que empurra, é o que mantém vivo. O Enea é o surgimento de uma outra geração que vai escutar de seus pais, tios e avôs lendas como Evair, São Marcos. Nasce uma geração de Gabriel Jesus, Fernando Prass, Jailson. O Enea nada mais é que o “tanque” sendo enchido com uma torcida que canta e vibra.

Mas nada se compara a eterna frase do Joelmir Beting “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!”

Posso ficar o dia inteiro falando do Enea, do Palmeiras, mas acho que a festa que vimos no domingo mostra todo o sentimento que escrevi agora.

Obrigado Palmeiras!